terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O meu livro - Sem Título (ainda) XI

Laura não gostava dessa amizade. Sabia que Elisa não era boa companhia para o seu filho. A mãe era uma desleixada, o pai sabe Deus quem era e onde estava, podia ser presidiário. A miúda fazia o que queria e não tinha educação nenhuma. Entrava em sua casa como se fosse dela, punha e dispunha de tudo. Até do seu filho, que lhe fazia todas as vontades. Ela punha-lhe veneno no chá, tinha a certeza que era ela que a estava a tentar envenenar. Aquela relação tinha de acabar.
Naquela tarde Francisco chegara mais tarde, outra vez. Vinha com a cara de quem estava alegre, saciado. Com um ligeiro rubor nas faces. Tinha acabado de fazer amor com Elisa… sentia-se feliz, como não se sentia havia muito tempo.

Chico, onde estiveste? - Ele corou e não respondeu – Com ela outra vez? Estou farta de te dizer, tens de a deixar Chico. Não me amas? Não vês que ela tenta matar-me? Já me tentou envenenar duas vezes, Chico. Larga-a senão mata-nos aos dois. Não te vou pedir mais filho, hoje é uma ordem, amanhã vais falar com ela e vais dizer que já não a amas e que não queres mais ficar com ela. Diz que amas a tua mãezinha. Senão obrigas-me a fazer o mesmo da outra vez, e tu sabes que eu não gosto. Dói-me, custa-me muito Chico.

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